Não será novidade para ninguém que o entendimento de uma criança difere em muito do entendimento de um adulto. Pelas experiências, pelas vivências, pelo imaginário construído, as imagens vão sendo alteradas ao longo da idade e, na maior parte das vezes, alteram-se para o lado menos positivo!
Nem sempre os adultos conseguem descer uns centímetros consideráveis do seu “estatuto” de adulto e compreenderem o entendimento das crianças que os rodeiam. Por exemplo, para a Matilde e para a maior parte das crianças, um palhaço é alguém divertido, que faz rir, que gosta de brincar e por vezes, enquanto estamos a brincar com ela, diz “Pareces um palhaço do circo!” sem qualquer conotação ofensiva, antes pelo contrário! Já para um adulto, a percepção é diferente e ficam incomodados quando ouvem a palavra “palhaço”, mesmo vinda no meio de uma brincadeira com uma criança pequena que tem uma verdadeira fixação e adoração por palhaços e que desconhece o significado negativo que os mais velhos aplicam a esse termo! As crianças destas idades, ainda não têm a maldade dos adultos! E ainda bem! Pena é que os adultos não se apercebam disso!
Nem sempre os adultos conseguem descer uns centímetros consideráveis do seu “estatuto” de adulto e compreenderem o entendimento das crianças que os rodeiam. Por exemplo, para a Matilde e para a maior parte das crianças, um palhaço é alguém divertido, que faz rir, que gosta de brincar e por vezes, enquanto estamos a brincar com ela, diz “Pareces um palhaço do circo!” sem qualquer conotação ofensiva, antes pelo contrário! Já para um adulto, a percepção é diferente e ficam incomodados quando ouvem a palavra “palhaço”, mesmo vinda no meio de uma brincadeira com uma criança pequena que tem uma verdadeira fixação e adoração por palhaços e que desconhece o significado negativo que os mais velhos aplicam a esse termo! As crianças destas idades, ainda não têm a maldade dos adultos! E ainda bem! Pena é que os adultos não se apercebam disso!
E hoje, para tirar nabos da púcara, não fosse eu estar enganada no meu pensamento de mãe e de educadora, lá fui eu pé ante pé apalpando terreno
- Tu gostas muito de palhaços, não gostas Matilde?
- Eu adoro. Eu ontem chamei "Palhaça"a _. Ela estava a brincar comigo e estava a ser divertido. Eu gosto dela! Eu gosto de todos os que brincam comigo! Mas eu acho que ela não gostou. Ficou zangada.
- Achas?
- Sim, ela chateou-se comigo! Mas eu não percebi... ser palhaço é giro e eu adoro palhaços do circo. E ela chama outras coisas que eu não sei o que são e não fico zangada, nem choro, nem nada!
- Se calhar percebeu outra coisa!
- Pois... Olha, eu gostava de ser um palhaço igual ao do circo que fui ver com o avô Zé. Ela nunca foi ao circo?
- Não sei, já deve ter ido!
:)
4 comentários:
Adorei este post.Entendo e defendo tal como tu,cada palavra que escreste,será por trabalhar com crianças ??
Beijocas
A mim parece-me de alguma gravidade que um adulto se sinta melindrado porque uma criança de 3 anos o chamou de palhaço.
Insinuar ou até afirmar que a palavra "palhaço" tem, para uma criança, a conotação negativa que poderá ter para um adulto, é irracional.
Para as crianças, um palhaço é um personagem de cabelo e roupa colorida, nariz vermelho, de cara pintada, que brinca e faz rir. É alguém que eles conseguem identificar e de quem gostam.
Se calhar, os adultos deviam começar a sair do seu pedestal e a aprender mais com os miúdos e talvez a palavra Palhaço pudesse ter o mesmo significado para todos.
É no minimo estranho e preocupante que o adulto não tenha entendido as palavras da criança!
Bjs
É muito triste crescer e perder a alegria (Entenda-se: ser palhaço é ser alegre).
Mais triste ainda é não saber comunicar.
Espero que o adulto melindroso não seja ninguém com quem a Matilde tenha que lidar diariamente.
;)
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